quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dia 2 em Cuixá

08.05.2011
Na escuridão, procurar a luz. Já diria o mestre dos magos.

Hoje o dia está melhor, não o tempo, mas a nossa relação e nosso trabalho. Ontem foi complicado, chegamos a discutir, bater boca, quase todos entre todos. Mas por fim, fomos tomar uma cerveja na única boate de Prades. Voltamos bem. Hoje pela manhã gravamos a missa de domingo na capela grande, momento onde todos os fiéis da comunidade aparecem para confraternizar e dizer que acreditam em Deus. A missa é muito bonita, o lugar, os cânticos produzem uma atmosfera incrível. O sentimento é único. Conseguimos captar um bom material. Disseram-me que o áudio não estava bom, mas até agora não o checaram. A ver...
Uma surpresa foi a presença de padre Josep em nosso café depois do almoço. Ele, que antes da missa brigou com a gente porque pedimos para abrir a porta da igreja uma vez mais, acabou sentado contando coisas do passado e reclamando das obrigações de segurança que tinham que fazer no prédio pra poder receber as pessoas. Disse ele: “Hoje em dia buscam tanta segurança que não temos nem o direito de morrer”. O cura escuta com certa dificuldade, mas é uma pessoa muito extrovertida em seus 87 anos. Disse que Conchita não vem. Tão pouco Magda virá. Vamos ficar toda a gravação sem as nossas “anjas”.
Voltando a padre Josep, ele sentou o pau no capitalismo e disse que a fraternidade se esvai a cada dia que passa. E que não consegue entender como o homem usa mal o dinheiro. Gravei tudo na camerazita, pena que a câmera da Lucía não estava no refeitório. Ah, pra terminar lembro da último frase enquanto ralhava com a gente antes da missa: “não me peçam para fazer nada para a câmera não gosto do cômico, e sim da verdade”.
Bona Tarda

poderes

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