segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Brasil é aqui

O café se chama Bracafé, mas não é Tupiniquim.

Ás vezes me sinto em casa, na rua, nos bares... Tava reparando e a marca "Brasil" é muito positiva aqui na Cataluña. Vão falar: "em toda a Europa". Não sei não hein?! Aqui tentam imitar as comidas, principalmente os salgadinhos em bares que não necessariamente são de comida brasileira. Até marca de material escolar eu achei com a marca Carioca. Fui comprar um caderno e fiquei tentando explicar pro paquistanês o que era carioca. Retarrrdaaado(eu).



Domingo à noite, caminhando com minha amiga Magda na parte nova do porto, vimos cinco bares de uma brasileira. Em três estavam tocando Ivete Sangalo e umas músicas meio axé que eu nem sei o que é. Fico imaginando até onde vai o conhecimento da nossa cultura, nossa política e sociedade... O ser humano ainda se conhece muito pouco. Conhecer o outro, ajuda a evoluir e a se auto conhecer. Eu por exemplo, não sabia que a Espanha tinha menos de 400 anos... Já a Catalunha e Castela tem mais de 1700 anos...


A coxinha e Jéssica da República Dominicana. Podia ser uma baiana, não?!

Eu entrei nesse bar pra comer uma coxinha, fica a duas quadras aqui da minha casa. Entrei, vi uma morena, achei que era brasileira. Pedi uma coxinha, tentei explicar que o kibe e a esfirra não eram brasileiros, ela não acreditou e me disse que custava 3 euros a coxinha. Nossa, quase cuspi o frango em cima da chica. Paguei os equivalente a 7 reais pelo salgado, que diga-se de passagem estava muito bem feito, com um coentro deles aqui que muda um pouco o sabor, mas o milho e o frango estavam bons.


Nesse eu ainda não entrei...

É claro que o futebol é uma marca muito forte e até na night eu achei gringo de verde e amarelo.




Eu fico devendo agora uma festa brasileira numa boate e quem sabe no meu aniversário. E espero que um dia nosso país fique sendo conhecido pela nossa ciência e tecnologia... pela nossa organização social.......

poderes

3 comentários:

  1. Se os próprios brasileiros vendem estereótipos, fica difícil mostrar a nossa riqueza cultural...

    E os caras ficaram séculos ocupados pela culura árabe, mas não sabem de onde vêm o quibe e a esfira? Ah, tomá-no-cu-bebeto!

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  2. É verdade, mas acho que a menina dominicana e o dono do bar que não sabem...

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  3. Quando cheguei aqui nos EUA em 2001 (caraios tem tempo hein...) os americanos me perguntavam se o Rio era tão perigoso quanto eles viam na TV, se eu carregava uma arma quando morava lá, e se tinha índio nas ruas (sério mesmo).
    Eu sempre tentei fazer a minha parte, trazendo os poucos EUAnos que conheci um pouco mais de conhecimento sobre a vasta cultura e importância do Brasil no mundo.
    Hoje, 10 anos depois (caralho eu tô aqui há esse tempo todo?), me perguntam quais os lugares pra se conhecer quando estiver no Brasil porque eles estão planejando ir nas próximas férias.
    As coisas mudaram e continuam mudando. Será que é por causa do BRIC? Será que é por causa do Ronaldinho? Será que é por causa das Olimpíadas ou da Copa? Difícil dizer se é um ou todos ou outros fatos. Mas será que é importante descobrir o porque ou simplesmente aceitar e aproveitar as oportunidades apresentadas pelo fato de que o Brasil está saindo da obscuridade e se tornando popular (mais popular no sentido "high school" do que popular no sentido "cheap").
    Gradativamente vejo mais acesso a nossa real cultura através de no'ticias e referências na internet, documentários em canais internacionais como Discovery e National Geographic. Não é perfeito, não é exatamente tudo que nós sabemos sobre nosso país, nem exatamente como desejamos que seja apresentado, mas é um bom começo.
    Em marketing existe a noção de gestação de sua marca onde você usa os artifícios que forem mais eficazes para que sua marca seja conhecida e respeitada no mercado, ponto em que os consumidores estarão receptivos as reais informações que você quer lhes dar sobre sua marca. E se você usar essa oportuna fase para expor os detalhes de sua marca da forma certa, atingirá o áuge que é a lealdade a sua marca.
    Eu acho que ainda estamos na fase de gestação da marca Brasil, e mais e mais "consumidores" mundo a fora estão receptivos a ouvir sobre a cultura brasileira.
    A oportunidade é perfeita pra que empreendedores na área de comunicação e da informação façam justiça a real riqueza brasileira e exponham o Brasil, tudo que ele tem, tudo que ele é da forma certa à atingir esse público mundial. E quem sabe dentro de alguns poucos ou muitos anos ganhemos a lealdade da opinião pública mundial não só nos sujeitos carnaval ou praia ou samba, mas em todos os outros ramos em que hoje estamos ativos mas somos quase invisíveis.
    Avante Brasil!

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