In english, please....

Tamus aeee, Fui pra aula hoje, mas antes parei em frente a uma placa de um restaurante, comida brasileira. Entrei e perguntei quais eram os pratos. A menina me disse que não tinham pratos somente: coxinha, kibe e esfiha. Caraca fiquei com tanta pena que almocei lá mesmo. Parti para a escola. E antes de entrar no prédio lembrei que não tinha card de memória para a câmera. Já tinha pego dica com o Eduardo pela net. Comprei por 6,50 euros, tava atrasado já, mas deu tempo de tirar essa foto da Ronda Sant Antoni com Casanova, o prédio mais moderno, o do fundo com linhas vermelhas, é o da escola.       Cheguei e tava lá nosso professor Gyorgy Karpati. Mandou um inglês sinistro com sotaque hungáro. Hoje ele exibiu vários documentários feitos em Budapeste, por ele e pelos alunos dele. Um deles lindo. Alguns servindo para determinadas discussões. As aulas estão bacanas, mas ver filme em Hungáro, sem legenda em inglês que o cara vai lendo no escuro, com uma lanterninha, pô aí é florida... Falando em EUA, a novayorquina me parece ser a única que entende tudo perfeitamente e acaba em muitos momentos fazendo a interface entre o professor e a galera. A finlandesa fala um inglês danadão, acho que podia ser um "poquinha melhorrr". Mas falando sobre o conteúdo da aula. Ele tava pedindo pra gente questionar a diferença entre realidade e verdade. E falou que inevitavelmente, o documentárista é um manipulador da realidade, a partir do momento em que vc liga a câmera. Diz também que nunca se pode manipular a verdade e que o senso ético é pessoal e intransferível... Aí ele fala muito da fantasia, que devemos exercitar a fantasia. E o tempo todo eu pensando: "o cara falando do real, da busca pela verdade e ao mesmo tempo dizendo pra gente exercitar a fantasia?" Aí eu tomei coragem e fiz a singela pergunta: "Teacher, what´s fantasy for you?" E fique com um cagaço quando ficou me olhando com aqueles bizoiúdos olhos azuis. Pensei: "além de idiota a pergunta  e meio presunçosa" "...o que é pra vc?" O velho pensou, pensou, pensou e falou "excelent question Andrué". E me pareceu que ele mudou o caminho da aula a partir da pergunta, pois eu tinha cortado seu raciocínio que não foi retomado depois. Sobre a resposta dele resumida: "fantasia faz parte da psicologia, é um processo ilimitado de desenvolvimento da idéia. E seja num roteiro ou na hora de fazer um enquadramento a criatividade sempre se faz necessária. Um documentarista sem fantasia, é um documentarista sem vida". E eu me apegando em algo que revestisse a verdade, que escondesse o real. Vi no dicionário que fantasia significa também: Espírito; pensamento, ideia. E eu sofrendo porque não tenho compreensão total da aula, hoje saí feliz e cada vez mais certo, que quanto mais conhecimento adquirimos, mas somos práticos e diretos e com pequenas ações ou poucas palavras, mudamos muito, ou pelo menos a direção de uma aula.   PS. A portuguesa Joana ainda não enviou a foto da turma. Sorry!   poderes

rascunho